Animais salvam Produtor de Feijão no Carú
Quem passou pela localidade de Socorro
na última semana passou por uma cena um tanto quanto inusitada: Uma
colheitadeira avaliada em mais de meio milhão de reais literalmente enterrada
em uma das estradas.
O proprietário da colheitadeira,
Norberto Medeiros, mais conhecido como Tico Paulista, ao ser entrevistado pelo
Trigo Limpo disse que não sabia se despejava gasolina na colheitadeira e ateava
fogo, se despejava gasolina em si próprio e tacava fogo ou se tacava fogo na
Prefeitura e na Secretaria de Obras juntas, pois justamente no período de
escoamento de safra a situação da estrada estava naquelas condições. “Em quem
vão pôr a culpa dessa vez pela situação da estrada? De certo será na seca”.
Expõe desacorçoado o produtor.
O mais interessante foi a forma de
realizar a remoção da máquina, que ficou plantada no chão. Há relatos que viram
inclusive brotações iniciando na mesma. Inicialmente a tentativa frustrada foi
remover a máquina com um trator abagualado:
A máquina velha não deu um piu e
continuou plantadita no mais. Então foi preciso recorre-se a um trator de
esteira que forcejou de apitar e nada da baguá da máquina desatolar.
Nestas alturas Tico Paulista já
mastigava brasas acesas de tão brabo, resolveu recorrer até mesmo a forças
interplanetárias para locomover a máquina. Na chegada da equipe intergalática
era um clarão e uma ventania só... Era só olhar pros campos e ver gado, gentes
e bichos correndo e se escondendo. “Fartô arve pra ir debaxo”. Comenta espantado
um dos agricultores presentes. Pois o disco voador roncou, bufou, alumiou e a
máquina moveu apenas 5 centímetros, permanecendo atolada.
Neste momento, Tico Paulista já estava
disposto a ir para Praça buscar a gasolina e fazer o incêndio mais caro da
Serra Catarinense, um tchô beiçudo, sentado nos garrão pitando um paiêro olhava a cena e disse
que poderia resolver a situação. “Óia seu Tico, eu sei quem dá um jeito na
baguá da máquina! O Zé Maria do Natalício ali do Divino tem uma junta de boi
ajeitada que pro mode que tira a verdona do atolero”. Depois de ter chamado todas
as alternativas possíveis, Tico mandou buscar o vivente do divino e a
respectiva junta de bois.
Ao chegar no local, Zé do Natalício dá
uma cubada na máquina, dá uma pigarreada, põe os bois na canga, dá uma cuspida
no chão e fala com autoridade:
“Óia Mimoso! Xô Barroso!”, e com uma
pequena vara cutuca as virilhas dos bois que num sofrenão desencalham a
máquina em apenas 05 segundos.
Zé do Natalício alega que se não fosse a chegada do frio os bois estariam mais gordos e não levariam nem 05 segundos para retirada do equipamento:
"Num á de cê que meus bichinho tão meio magrote... Cuáfarta de chuva não pudemo plantá os pásto e meus boi emagreçeru, si fossi nu verão era capaiz de arrebentá cá máquina". Fala orgulhoso o proprietário.
Já há especulações que afirmam que engenheiros da John Deere, Caterpilar e Massey Ferguson já andam realizando sondagens na República Caruense, para desenvolver seu novo projeto de máquina inspirado na junta de bois do Zé do Natalício. A Câmara de Vereadores do Município já estuda a possibilidade de conceder o Título de Mérito Cerritense ao Mimoso e ao Barroso.
Informou direto da redação, correspondente C.D.E., com oferecimento de Pecuária do Nildo.
Informou direto da redação, correspondente C.D.E., com oferecimento de Pecuária do Nildo.
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